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Crítica do filme: Drama indígena na Netflix tem indígenas na maioria do seu elenco

  • Foto do escritor: Soriany Simas Neves
    Soriany Simas Neves
  • 14 de nov. de 2022
  • 1 min de leitura

O filme a Febre com estreia na Netflix em 2019 não é mais um filme entre tantos de temática indígena, é antes de tudo, uma produção de ficção assinada pela diretora Maya Da-rin no coração da Amazônia que inova ao escalar grande parte de seu elenco atores indígenas. Ambientado na maior metrópole ocidental da Amazônia, Manaus, o filme trata sobre os desafios dos indígenas na cidade grande, na conciliação entre memória, tradição no dia a dia das metrópoles.

O ator principal, Justino, da etnia Dessana encarna o papel central da trama ao trazer para a história atmosferas de mundos aparentemente irreconciliáveis para o expectador da cultura ocidental – floresta, cidade e dimensão espiritual, essa última instância em que habitam os ancestrais e espíritos com os quais o indígena não deixa de dialogar. A performance do ator, Regis Mupuru, rendeu a conquista do prêmio de melhor ator em festivais nacionais, como foi o caso do festival de cinema de Brasília e Locarno, na Suiça.



Os demais atores, a filha de Justino (ator principal), Vanessa e o irmão e sua esposa, ajudam a dinamizar a trama religando outros dramas que emergem dessas relações na cidade grande no processo de inserção dos indígenas em uma sociedade capitalista, bem como a ocupação crescente nos espaços de universidades com a Lei de cotas. É assim que o roteiro tem fôlego e não deixa a narrativa monótona.

A fotografia e as cenas em sua maioria realizadas sob penumbra dão ainda maior rigor e dimensão realista e ao mesmo sobrenatural à trama.

 
 
 

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